domingo, 21 de setembro de 2014

A arte da cozinha, e a estética da comida:

por Solange Rosa
Comer é um ato de tal nobreza, que eu acredito imensamente que um grande cozinheiro seja um artista. Embora muita gente, amantes da boa mesa (amantes mesmo?), inclusive, discorde disso, não resta dúvida de que cozinhar é um ato artístico de imensa relevância: há técnica, há criação, há imaginação, há filosofia, há fundamento e ideologia, há múltiplas maneiras de se compreender um prato, de se saborear uma receita. Já se sabe disso há tempos, e uma das maneiras de se referir à culinária é como “as artes da mesa”.
Um chef, e mesmo uma nonna italiana a preparar o seu tortelini, são muito mais artistas do que muitos músicos, escritores, cineastas, pintores, dançarinos, escultores e atores que andam por aí, incluindo vários que alcançam o sucesso. É uma arte que mexe com os sentidos todos: a visão, o tato, os aromas e, é claro, o paladar. Até a audição. Sim: não é uma maravilha escutar um ojo de bife crepitando na grelha ou a crocância da casca de um belo pão se rompendo? Comer bem emociona. Nos faz viajar. E até aquele família que produz um queijo da Serra da Estrela da maneira mais artesanal possível, é também um artista, como uma trupe de circo, que faz rir, que faz chorar, que faz as pessoas gozarem de felicidade.
Cozinhar é uma arte. E ponto.É tão artístico o ritual do preparo de alimentos, que também podemos considerar a comida uma obra de arte do ponto de vista estético





 



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