domingo, 11 de março de 2012

HARMONIZAÇÃO

Assim como a harmonia desta foto que misturas cores diferentes a harmonização do vinho com a culinária deve seguir este rumo.

Para quem gosta de vinho como eu, um dia vem a pergunta inevitável. Qual o vinho que devo comprar para acompanhar tais ou quais pratos?

Em princípio parece fácil, mas não é. A regra básica é simples, harmonização não é imposição. É 1 + 1 e não 1 – 1. Não se trata de uma batalha entre vinho e comida. Deve-se somar as qualidades e não subtraí-las.

Mas existem agravantes.

Primeiro pelos amigos. Não gosto de vinho branco, não gosto de espumante, não gosto de rose e assim vai. Em geral sobram só os andinos tintos retintos. Aí complica a vida de quem indica.

Segundo porque não se bebe vinho pela boca de terceiros e sim pelo seu próprio gosto. Assim vejo a difícil tarefa dos atendentes de lojas de vinho. Nunca viram o cliente e pelas poucas informações que este passa deve acertara indicação do vinho de primeira.

Terceiro por alguns pratos que não combinam com a maioria dos vinhos. Comida oriental, estilo Tailandesa, hum que encrenca. Nesta hora o mal amado rose enfrenta todas as situações com galhardia. Mas tem, também, o chocolate cujos taninos se antepõem aos da uva, aqui prefiro um branco, se bem que nunca tive um casamento perfeito. Tem a indicação dos vinhos de sobremesa, que em geral devem ser mais doces que a sobremesa.

Sendo assim, sempre digo aos amigos, este é o momento de harmonização e não de imposição. Se queres beber um vinho tinto retinto, estruturado e volumoso a pleno verão com pratos leves, no mínimo deves bebê-lo sozinho, pois com certeza alguém sairá perdendo.

Por último a geléia geral que os vinhos se tornaram. Meu irmão, ontem, me ligou avisando de um programa no GNT sobre vinhos, peguei somente o final, a parte que peguei eram as pesquisas que são feitas em algumas vinícolas para saber qual o gosto médio dos consumidores e, assim adaptar, comercialmente, os vinhos a este gosto. Sendo assim, na maioria das vezes o vinhos não pode ser ácido demais, estruturado demais, tânico demais, etc.

Aqui vai meu repúdio a esta técnica comercial. No mínimo estão retirando o que há de melhor no mundo do vinho, a diversidade


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