Fascinar é a palavra certa. O vinho me envolve com seus encantos. A começar pela videira. Planta que cresce nos lugares mais inóspitos, a ver as paisagens lunáticas de Mendonza e Salta, na Argentina ou as plantadas em terraços íngremes como no Douro, Portugal e no vale do Mosela, Alemanha. Sempre em terrenos pedregosos, solos vulcânicos, xisto. Precisa de muito pouca água de superfície, suas raízes vão fundo na terra, quase 8 metros para buscar água. Aliás, boas são os vinhos das videiras difíceis, o sacrifício aprimora as castas, isto é regra. Além do que podem produzir com qualidade por mais de 80 anos.
Locais que exigem muito suor dos homens do campo, muito esforço para o trato da videira até a sua colheita, mas o resultado é muitas vezes, fantástico e deve ser valorizado a altura.
Gosto também porque vinho é congregação, reunião, convivência, prosa, conversa sem compromisso entre amigos, algo cada vez mais raro. Nesta vida tão cheia de pressa, onde as pessoas comem até em pé para não perder tempo, minha avó sempre dizia: Senta minha filha, quem come em pé é animal. Por certo que ao apreciarmos um bom vinho iremos, necessariamente apreciar uma boa mesa, descobrir que temos outros sentidos como o olfato e o gosto. O vinho nos serve como porta de entrada para o que se chamava nos filmes de ficção científica dos anos 80, mundo paralelo.
E também de simplicidade, apesar de muitos quererem complicar, lembro que o primeiro vinho que me marcou foi um Gewürtztraminer bebido somente com queijo de cabra.
Desta maneira, cada vez que me cai na mão uma garrafa de vinho produzida em país distante é como uma garrafa que um náufrago jogou no mar, quero decifrar tudo o que
Ela pode me revela ate a próxima
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Querida solange! Prazer escrever para você.
ResponderExcluirGostaria de aproveitar seu imenso e ilustre prestígio gostaria de saber se você já provou o vinho do Galvão Bueno, que já colocou dois vinhos no mercado, um tinto e um espumante, produzidos em parceria com a Miolo com uvas plantadas na Campanha Gaúcha e assinatura de Michel Roland,e veja só agora está fazendo um branco com a uva Sauvignon Blanc.
Pois é, querido Fernando acreditem... a lista de artistas (e pretensos artistas) que investe na produção de vinhos não para de crescer, Provei o tinto Bueno Paralelo 31, um corte de Cabernet Sauvignon (60%), Merlot (30%) e Petit Verdot (10%) e também o espumante Bueno Cuvée Prestige há algum tempo. E gostei de ambos. São vinho bem feitos e saborosos, um tinto parrudo com bom corpo e notas de frutas maduras, algo que lembra couro e caramelo, acidez equilibarda. E o espumante, com 18 meses de contato com as leveduras, produzido através do método champenoise, tem boa cremosidade, com notas cítricas e algo amendoado, com muita pêra e maçã verde. Gostei. Agora espero com ansiedade pelo Sauvignon Blanc, uva que gosto muito, e cada vez mais, e principalmente no verão perfeita . obrigado pelo carinho
ResponderExcluirAbraço solange