sábado, 20 de novembro de 2010

: Chablis Grand Cru Les Clos - Domaine William Fevre - 2006



O dióxido de enxofre, também conhecido como anidrido sulfuroso, é um composto químico constituído por dois átomos de oxigênio e um de enxofre; a sua fórmula química é SO2. É utilizado como desinfetante, anti-séptico e anti-bacteriano, como agente branqueador e conservador de produtos alimentares, especialmente frutos secos, e ainda na produção de bebidas alcoólicas e particularmente no fabrico do vinho. No vinho, ele aparece na sua forma livre hidratada (H2SO3), ou ácido sulfuroso. O dióxido de enxofre é utilizado na vinificação pois inibe ou interrompe o desenvolvimento das leveduras e bactérias, detendo assim a fermentação alcoólica no momento desejado, ao mesmo tempo que assegura a esterilização do vinho. Além disso, o dióxido de enxofre “seleciona” as leveduras necessárias à vinificação, pois estas são mais resistentes que outras presentes no processo mas não desejadas. Nos rótulo das garrafas de vinho normalmente vem especificado que o produto contém INS 220 ou Conservante PV, ou seja, o próprio SO2. Muitas pessoas portadoras de enxaqueca relatam o agravamento da crise após tomar vinhos, mas na verdade a crise é causada por estes conservantes.

Tudo isso foi dito para explicar o terrível cheiro de ovo podre exalado do copo, assim que a garrafa foi aberta e o vinho servido. Como os Chablis, geralmente, não passam por madeira, a maneira que os produtores têm de garantir a longevidade de seus vinhos é "carregando" no anidrido sulfuroso. A primeira impressão foi a de que o vinho estava estragado. Entretanto, como todo bom vinho, ele evoluiu, e os cheiros desgradáveis desapareceram, dando lugar a aromas minerais sutis e alguma fruta ácida, como abacaxi, laranja e um distante mel. Como a região de Chablis é bastante fria, produz vinhos com mais acidez e menos aromas frutados que aqueles encontrados nos Chardonnay oriundos de regiões mais quentes.

E, de fato, na boca, a impressão de acidez, embora discreta, era a predominante. O vinho é muito expressivo, equilibrado, encorpado, com uma permanência longa e agradável.

Como se não bastasse estarmos em uma noite em que a tônica seria tomar bons espumantes a fim de apagar desagradáveis impressões anteriores, também comemorávamos o aniversário de casamento da Clara e Eduardo, motivo mais que suficiente para abrir também este vinho soberbo, comprado na Fauchon de Paris por 64 Euros. Além de sua perfeita harmonia com o delicioso
um orzo com molho frio de tomates, manjericões diversos, muito azeite e flor de sal Modéstia à parte, uma verdadeira obra-prima


gentil e carinhosamente preparado pela Clara, foi considerado como um dos melhores vinhos já provados por nós, razão pela qual sua classificação só poderia ser a máxima. Pena que outro desses só quando alguém voltar da França.a garrafa mariane levou só fico a rolha para foto mais valeu o registro.

3 comentários:

  1. Solange parabéns pelo blog foi um grande prazer para toda nossa equipe a sua presença em nosso restaurante você iluminou a nossa noite com sua elegância estamos sempre aqui seja sempre bem vinda , o que acha de abrir um espaço no blog para avaliar os serviços e as cartas de vinhos dos restaurantes, nos quais frequentam ??
    Sucesso hoje e sempre Abraço

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  2. Querida solange adoro seu blog e principalmente o jeito como escreve que faz a gente conhecer este mundo dos vinhos tão complicado gostaria de saber de você se os vinhos mais caros são sempre os melhores Existe o melhor vinho? os vinhos que custam R$ 4 ou 5 mil reais são tão melhores que os da mesma região e elaborados com o mesmo esmero? Obrigada ficaria muito grato com sua resposta.

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  3. Ola Gabriel muitas duvidas que bom então vamos para primeira pergunta Eu penso que não Gabriel . A grande beleza do mundo do vinho está justamente na diversidade, sendo assim não tem melhor ou pior, tem aquele que nos dá mais prazer.
    Aliás, vinho é prazer, agora, o horizonte do prazer pode e deve ser alargado pelo conhecimento, pelas leituras, pelas degustações e, principalmente pelas comparações. Agora, as comprações que tu fizeres, não a que os outros fizeram.
    Mas voltando ao assunto, penso que existem exemplos aos montes por aí de vinhos muito mais baratos e melhores que outros tidos como melhores e mais caros.
    No preço do vinho, além de razões mais óbvias como a qualidade da vinha, como ela está sendo conduzida, a quantidade de cachos por braço, como foi colhida, etc. Certo que estes vinhos bem elaborados são mais caros por este motivo.
    Mas existe, também, o preço agregado, o charme da região, o preço do importador, enfim, o mercado é livre para se fixar preço.
    Portanto pesquise, pergunte, experimente e forme a sua ideia de quanto gastar em vinhos que darão o prazer que tu buscas.
    Um grande abraço solange

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