
Este post é uma repaginação de um dos primeiros que coloquei neste blog. O motivo falarei sobre a região de Champagne e como a confusão é grande na área dos vinhos com bolinha, vamos lá.
A cena é comum nos supermercados e lojas especializadas. Consumidores e vendedores confusos na hora comprar/indicar um espumante.
Além do gosto pessoal é importante conhecer alguns detalhes que fazem a diferença no final.
Champagne, somente na região demarcada na França, todos os outros são espumantes.
Os mestres do marketing, os americanos, a chamam de sparkling wine, vinho que solta flashes of light.
O vinho base do espumante é mais ácido e menos doce que o normal, pois irá sofrer nova fermentação. Assim normalmente o vinho base provem de regiões mais frias.POR ISTO NEM TODOS OS PAÍSES QUE PRODUZEM VINHO TEM O ESPUMANTE.
Na Itália, ao nordeste – Vêneto (Prosecco), Franciacorta, na Lombardia, com os espumantes tradicionais e os Asti, do Piemonte.
Na França, além da demarcada região do Champagne tem a Alsácia, Loire, Borgonha, e, principalmente LIMOUX, ONDE FORAM PRODUZIDAS AS PRIMEIRAS GARRAFAS DE EMPUMANTE, MUITO ANTES DA BADALADA REGIÃO NO ENTORNO DE REIMS.
Portugal, Varosa e Bairrada. Espanha com as Cavas, da Catalunha. No Brasil, por ter condições ideais a serra gaúcha está inserida no mapa mundial deste tipo de vinho.
Prosecco não é tipo de espumante, mas sim a casta utilizada para fabricá-lo.
Cava é um tipo de espumante produzido somente em Barcelona, Espanha, com castas locais.
Pode-se produzir o espumante por dois métodos, o Charmat e o Champenoise, levando em conta que o espumante deve, necessariamente, sofrer uma segunda fermentação na garrafa ou em tanques de inox.
O método Charmat consiste na segunda fermentação em tanques de inox com controle de temperatura, assim existe visivel redução de custo, infelizmente, também, de qualidade, prefira, se o bolso permitir, comprar um champenoise.
No sistema Charmat a segunda fermentação ocorre em torno de seis meses, no Champenoise por volta de um a dois anos.
No métoido tradicional ou Champenoise a segunda fermentação ocorre na própria garrafa. Mais caro mas mantém a qualidade do espumante/Champgne por uma dezena de anos.
Quando produzidas no método champenoise, as garrafas são postas com inclinação de gargalo para baixo e giradas um quarto de volta por dia. Ao final do período necessário, forma-se na ponta acúmulo das leveduras. O gargalo é congelado e as borras são retiradas. O espaço é preenchido com o licor de expedição para completar a garrafa.
Agora é que os caminhos serão definidos. O licor de expedição, no caso dos Champenoise ou a pura adição de açúcar nos Charmat, em quantidades que variam na legislação de cada país.
No Brasil.
DOCE: Igual ou superior a 60 gl de açúcar.
DEMI-SEC MEIO DOCE: De 20 a 60 gl de açúcar.
SEC – SECO: Entre 15 a 20 gl de açúcar.
BRUT: Entre 8 e 15 gl de açúcar.
EXTRA-BRUT: Entre 3 e 8 gl de açúcar.
NATURE: De 0 a 3 gl de açúcar.
Bem agora é só escolher o caminho que quer seguir. Eu gosto dos nature ou extra-brut.
Cuidado que cada país tem a sua legislação em relação à quantidade de açúcar adicionado.
Muito bom , gostaria de entender de vinho .
ResponderExcluirNão costumo beber frequentemente esta bebida , exatamente porque não conheço.
Tomo , mas sempre prefiro um vinho branco e suave , de preferencia com peixe.
Mas acho otimo termos gente que conhece e passa “dicas” para nós leigos no assunto.parabéns pelo blog
Bem bolado o blog. Ainda mais para quem, como eu, não conhece muito sobre vinhos e espumantes. É uma ótima oportunidade para saber um pouquinho sobre estas bebidas
ResponderExcluirPARABÉNS pelas postagem bem escrita que faz a gente de vontade de sempre clicar para
Conhecer este mundo dos aromas um abraço.
Ótima aula. Adoro champagne, mas só a Chandon Brut nacional e as boas francesas não me dão crise de enxaqueca, não sei por que.
ResponderExcluirNão entendo nada de vinho,mas gostei pelo modo fácil e direto como foi explicado
ResponderExcluirFiz questão de entrar no seu BLOG hoje porque fui a um aniversário esse fim de semana e me surpreendi com um espumante Miolo, o Terra Nova, achei o sabor, a cor e o aroma muito agradável e peguei a garrafa para ler o rótulo. Veio então a surpresa… Aquele produto vinha do Vale do são Francisco, eu sempre achei a região quente demais pra dar bom “fruto”.Gostei da bebida, e até então, achava que apenas regiões mais frias dessem espumantes agradáveis.
ResponderExcluirsó queria comentar,que tenho muita vontade de aprender mais sobre o vinhos e os espumante mas não tenho condição ,se pudece ganhar uma cartilha para aprender mais .muito obrigado!!!
ResponderExcluirENÓFILO
ResponderExcluirOlá SOLANGE Parabéns por blog tão bonita, quanto informativa, sem pedantismo, esnobismo e outros adjetivos que cercam o universo do vinho.
E é exatamente sobre esse universo que quero falar. Sou novo nesse universo, mas já ando lendo algumas coisas. Atualmente estou lendo o "Vinho e Guerra". Fascinante! Sugiro a todos. Ando bebendo um pouco também, bem menos que gostaria... Devo avisar que a postagem sobre os espumantes me enche de água a boca o tempo Tenho também algumas dúvidas e gostaria de sua ajuda:
1. O que é um champanhe NV?
2. É o correto então, qualificar e designar os vinhos pela região geográfica onde foram feitos? (ex. um "Borgonha" só é Borgonha porque foi feito lá? Isso é sinônimo de qualidade? Posso encontrar um "Porto" ruim? Ou um "Atis"?
3. O que é Frascati?
4. O que significa "Varietal"?
Obrigada
Álvaro