Olha, esta estrada nos leva para a região da Borgonha, de onde saem vinhos levemente ácidos a vinhos ácidos, sobretudo os brancos. E são vinhos excelentes. Portanto acidez nada tem a ver com qualidade de vinho e sim com tipo de uva, clima e vinificação.
Esta história de que vinho tinto bom é vinho tinto retinto, carregado de fruta, com cor negra insondável, para mim já passou. Já passou a minha fase de gostá-los e reverenciá-los e está passando a moda de tê-los como norte absoluto.
Há tintos que fogem completamente deste paradigma de muita concentração, doçura e taninos redondos ou até mesmo doces como já ouvi de um vendedor.
Importante dizer que a acidez, principalmente nos brancos advém, basicamente da casta e clima, sendo extremamente necessária para o sucesso do vinho, além de ser um excelente elixir contra a velhice. Vinhos brancos ácidos são vinhos que têm vocação para a garrafa. Falo aí de 10 a 20 anos, casos dos Semillon e Riesling.
Já em relação aos tintos demonstram que vierem de regiões mais frias e possuem e muita vocação gastronômica. E não vai aí nenhum demérito, muito pelo contrário. Dificil, mesmo é achar uma combinação para o Malbec carregado na madeira.
Estes tempos um vendedor, fazendo cara feia e falando sobre um vinho do sul da Itália, que fugia completamente das características de vinhos New World, falou ao pobre consumidor, Ah… este é um vinho ácido e gastronômico e ponto.
Por favor vamos conhecer um pouco mais de outros vinhos, aliás o mundo dos vinhos É MUITO MAIOR QUE OS CABERNET SAUVIGNON E CHARDONNAY.
Portanto vinho de corpo médio e ligeiramente ácidos são, sim, além de vinhos que ganham com um bom prato, vinhos ótimos, refrescantes e que nos trazem algo de novo.
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