quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A Viúva Clicquot e os sedimentos nas garrafas de Champagne



A Veuve Clicquot –tinha uma cara de brava...

Dando continuidade às histórias sobre o Champagne e a Champagne, hoje gostaria de relatar um fato imprescindível para que o champagne tivesse a qualidade que tem hoje, por isso faço aqui uma homenagem especial à viúva Clicquot.
Poucos sabem, mas até metade do século XIX o champagne não era essa bebida transparente e límpida que vemos hoje, sendo constante a reclamação dos consumidores a respeito do champagne estar turvo demais ou cheio de sedimentos.
Diz a lenda que, em razão dessas reclamações, a viúva Clicquot (que tinha um metro e meio de altura) carregou sua mesa de cozinha para a adega e começou a fazer experiências.


É provável que seu então chefe de adega, Antoine de Müller, tenha sido o responsável pela solução, mas a lenda conta que a viúva fez buracos na mesa de madeira, de modo que as garrafas pudessem ser colocadas com o gargalo para baixo, com uma leve inclinação. As garrafas eram então sacudidas e giradas periodicamente, aumentando-se sua inclinação até que estivesse praticamente a 90º, quando então todo o sedimento da bebida já havia sido deslocado para perto da rolha.
Feito isso, a rolha era retirada e o sedimento saia todo antes da bebida, o que mantinha o conteúdo quase intacto e preservava a efervescência do champagne.
O champagne então era virado de cabeça para cima e novamente 'arrolhado' para guarda e venda.
Essa técnica, que melhorou muito a qualidade da bebida - eliminando os sedimentos, chama-se Remuage e está ilustrada abaixo (isso é feito até hoje):

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