
Nesta semana ao comprar vinhos errei duas vezes pelo mesmo motivo, mas aprendi pela experiência erro, como não gosto dos vinhos mais carregados e a grana está curta arrisquei nos chilenos e argentinos. Tinha comprado vinhos sul americanos de safra antiga, 2004 que haviagostado, desta vez, mesmo sendo a mesma uva e produtores, mas com safra de 2006 e me dei mal. Infelizmente, as safras de 2005/2006 e 2007, refletem o gosto mundial pelos tintos retintos, isto é com alta concentração de fruta, cor e aroma, aqueles que tem cor de betume, piche, asfalto, insondável. Aí fiquei a pensar e me lembrei que a cena se repete quase sempre.
Nos supermercados e em algumas lojas de vinho as garrafas estão embaralhadas, por país, região de cada país e castas. Somente separam os brancos e roses dos tintos. Consumidores que olham os vinhos e parece que nada enxergam. Funcionários, muitas vezes completamente despreparados. E como a compra, por certo envolve dinheiro, Temos que der alguns cuidados ao comprar vinhos. Mas seguem alguns detalhes que costumo seguir.
1- Não se impressione com garrafas, algo como em vinhos de R$ 80,00 elas são verdadeiras armas, grandes e pesadas. O que importa é o conteúdo.
2- O rótulo idem. O rótulo, claro, cumpre a sua função mercadológica, mas mais importante são as informações que contém, como casta, graduação alcoólica, região e quiçá sub-região de cada país. Alguns vem com o site do produtor e, na dúvida,não compre mas anote o site, entre na internet, pesquise a ficha técnica do vinho e sentindo-se seguro, volte e compre. No mínimo saberá mais sobre alguém ou região produtora. Por exemplo, em termos de Chile, os termos reserva e gran reserva, por exemplo não garantem a qualidade do líquido que está na garrafa e sim o tempo que o vinho passou na madeira.
3- Vá tendo em mente o que comprar assim chega-se na loja ou supermercado mais focado.
4- Nos brancos, veja safra, a esmagadora maioria é para ser bebido, no máximo em dois anos depois da safra. Olhe, também, a cor, se for Chardonnay deve em geral ter a cor amarelo esverdeado, se for mais escuro ou é barricado (madeira) ou está morrendo. Se forem Sauvignon Blanc ou Torrontés, para ficar nos mais populares, devem ter uma cor amarelo palha, cuidado, também com a safra.
5- Nos roses a ideia e vê-los contra a luz, se for cor de morango, cereja ou mais raramente nos de sangria cor de casca de cebola, geralmente são os melhores, mais ácidos e menos potentes. Ao contrário dos quase tintos, geralmente alcoólicos e doces.
6- Nos tintos complica um pouco mais. Mas para ficar nas castas mais comuns:
6.A – Pinot Noir, casta manhosa, se dá bem em locais frios, onde a branca vai bem. No Chile, Casablanca e Bio Bio, na Argentina os da Patagônia, idem para os Estados Unidos e Austrália (se bem que estes países adoram um branco de outono, com bastante barrica), portanto, muitas vezes produzem o Chardonnay em regiões mais quentes. Nova Zelândia quase todos os Pinot Noir são bons.
6.B – Cabernet Sauvignon, Argentina não é grande produtora desta casta, prefira os chilenos. E dos chilenos, se não conhecer especificamente o produtor fuja dos do Vale do Maule, mais ao sul, geralmente os piores chilenos vem de lá, mas há honrosas exceções. Escolha, de preferência os do Maipo, vinícolas mais antigas, Cousiño Macul, Conche y Toro, Undurraga, e por aí vai. Os melhores são os do Colchagua e Rapel, aí se encontrar desta casta pode comprar que na média são muito melhores.
6.C Idem para os Merlot.
6.D A Syrah ou Shiraz, como queiram gosta de regiões quentes, portanto, Chile, vale do Colchagua e Rapel, Argentina, Vale del Uco e La Consulta. Só compre se conhecer os Syrah de Casablanca e Bio Bio, Casablanca tem os da Vale Del Bosque que são excelentes, mas não é a regra.
E, lembre sempre, a beleza do vinho está na sua diversidade, e o conhecimento pessoal vem da experiência erro e das comparações, portanto arrisque, compre e compare novos vinhos, não fique somente nos mesmos.
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