quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Cartuxa Colheita Branco :para beber com todos os sentidos...


para abrir a semana com um Cartuxa Branco que cumpriu muito bem o papel de escoltar as entradinhas, salada de camarões com melão e parma com azeite de trufas e um carpaccio de badejo enriquecido com pimenta-dedo-de-moça, que ajudou bastante a segurar a onda do vinho (sem a pimenta acho que o Cartuxão iria atropelar o peixinho).




Apresentou-se com sensações petroladas Durante alguns minutos, os cheiros de combustível, dominaram tudo que ia saindo da taça. Foi aliviando através de uns fardos de erva. Fresca e seca. Era curiosa a simbiose entre os dois estados. Não havia predominância de nenhum deles. Manteve-se, assim, um bom tempo.
Ao longo da prova começaram a surgir, por todo o lado, aromas a fruta. Fruta de perfil tropical, onde o ananás e a lima pareciam quer dominar a seu belo prazer. Pelo meio, ia sentindo um original cheiro a pimenta branca. Por muitas voltas que dava, daqui não saí. Não consegui encontrar melhor comparação.
Na fase terminal, naquela em que só queremos beber descontraidamente e desfrutar o vinho, cacei um toque floral. Dava a impressão que tinha sido regado pelo orvalho.
Na boca, os sabores revelaram-se cordatos, com uma acidez bem integrada, natural Este aspecto merece reflexão (da minha parte). De um momento para o outro, alguns vinhos brancos alentejanos começaram a possuir uma acidez muito cortante. Em alguns casos, parece que foi metida lá.
bem regado pela lima. Num registo liberto de exuberância e exageros.
Um branco ponderado, austero e com um bom nível de complexidade. Permite que seja bebido sem qualquer tédio.
digo-vos que foi um feliz regresso. Sabores inconfundíveis

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